A fáscia plantar tem a função de distribuir e amortecer os impactos gerados durante o ato de andar, correr, saltar. Ela é uma membrana do tecido conjuntivo fibroso e cobre toda a planta do pé – do calcâneo à base dos dedos.

Quando é exposta a constantes microtraumatismos ou um estiramento excessivo pode acontecer um processo inflamatório crônico ou mesmo degenerativo, a Fascite Plantar.

Um dos sintomas é a manifestação de dor aguda próximo ao calcanhar, sendo mais intensa na parte da manhã, podendo haver dores em outras localizações na sola do pé, algumas vezes seguida de vermelhidão e inchaço. A Fascite plantar pode causar alterações na biomecânica da marcha, gerando compensações no joelho e quadril, o que podem gerar outras lesões.

As pessoas mais expostas são atletas, bailarinos, pessoas com sobrepeso ou que aumentaram o peso rapidamente. Outros fatores de risco são natos, como pés com os arcos muito baixos (pés chatos) ou encurtamento do tendão de Aquiles.

O diagnóstico é feito em atendimento clínico, no qual há a investigação dos sintomas em combinação com o estilo de vida do paciente. Se houver indícios de outras patologias na região, pode-se solicitar exames de Radiografia e Ultrassom.

É comum que o tratamento seja mais longo, combinando sessões de fisioterapia e osteopatia com eletroterapia, cinesioterapias, compressas e uso de analgésicos.

O processo é pensado para que o paciente mantenha sua rotina, mas em casos severos pode haver afastamento das atividades. O protocolo de procedimentos será determinado pelo fisioterapeuta de acordo com a gravidade do quadro.

A recomendação básica é a realização de alongamentos nos membros inferiores depois da prática de atividades físicas, evitar o aumento brusco do peso corporal, evitar altos impactos e uso de salto por tempo prolongado.

Caso apresente algum sintoma, procure um especialista.

Tiago Vasconcellos
Crefito 76397-F